domingo, 30 de junho de 2013

AS FESTAS HI-FI NOS CLUBES DE MANAUS

Como seria um som Hi-Fi? O que este som proporcionou à juventude da década de 1960?
Primeiramente vamos ao significado da palavra: em inglês quer dizer High Fidelity, traduzindo para o português Alta Fidelidade. Significava que o aparelho podia reproduzir sons fiéis à realidade.
Este aparelho eletrônico possibilitava a apreciação com clareza e sem interferências de ruídos. Eram com esses aparelhos que os clubes de Manaus faziam as boates, os bailes, o carnaval, as festas dançantes, podemos dizer que era a “sensação do momento”, algo inovador como as modernas caixas acústicas atuais.
Os aparelhos Hi-Fi eram amplificadores stereo com receptores FM, eram toca-discos e tape-decks independentes. Podiam ser colocados no carro ou utilizados nas festas dos clubes que eram constantes no início da década de 60. Foi a partir de seu uso nas festas dos clubes que passou a ser intitulado nos anúncios dos jornais como ritmo, divulgando que o ritmo daquela determinada festa era Hi-Fi, ou seja, um som de alto nível e qualidade que tocava os estilos mais dançantes, modernos e de sucessos das rádios.
As músicas que estavam no auge eram Rey Conif, da Vereda Tropical, os rock’s como Beatles, Elvis, The Fevers, os Pholhas, Trio Uiraquitã, Elizete Cardoso, Cely Campelo. As festas HiFi eram totalmente dançantes, eram jovens, senhoras e senhores, mas para os jovens tinham as manhãs de sol, os mingaus dançantes, a festa Moranguinho era no Ideal Clube que começava a tarde e encerrava umas 8 horas da noite.
O evento “Studio Disco” do Studio 5 é uma forma de você voltar aquela época, mas agora com Dj e todo aparato tecnológico sonoro, de retornar àqueles tempos dançantes ao som de um aparelho Hi-Fi, que determinou não somente a sua alta modernidade sonora como também tudo que era moderno se tornou Hi-Fi: discos de vinil Hi-Fi, ritmo Hi-Fi, até mesmo a bebida virou Hi-Fi: um drink feito de vodka, refrigerante de laranja e gelo. 
Além do ritmo Hi-Fi, existiam também as Tertúlias Dançantes que eram reuniões de amigos, familiares e associados dos clubes para não somente dançar, mas também discutir vários temas, não era tão contínuas quanto as festas Hi-Fi. Eram tardes dançantes nos clubes da cidade e com os nomes específicos de "mingau dançante" nas domingueiras vespertinas do Ideal Clube, e "papinha dançante" no Cheik Clube. 
O ritmo Hi-Fi permaneceu até meados de 1964, quando a partir desta data, um novo formato musical começa a emergir com a Jovem Guarda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário