Como seria um som Hi-Fi? O
que este som proporcionou à juventude da década de 1960?
Primeiramente vamos ao
significado da palavra: em inglês quer dizer High Fidelity, traduzindo para o português Alta Fidelidade. Significava que o aparelho podia reproduzir sons
fiéis à realidade.
Este aparelho
eletrônico possibilitava a apreciação com clareza e sem interferências de
ruídos. Eram com esses aparelhos que os clubes de Manaus faziam as boates, os
bailes, o carnaval, as festas dançantes, podemos dizer que era a “sensação do
momento”, algo inovador como as modernas caixas acústicas atuais.
Os aparelhos
Hi-Fi eram amplificadores stereo com receptores FM, eram toca-discos e
tape-decks independentes. Podiam ser colocados no carro ou utilizados nas
festas dos clubes que eram constantes no início da década de 60. Foi a partir
de seu uso nas festas dos clubes que passou a ser intitulado nos anúncios dos
jornais como ritmo, divulgando que o ritmo daquela determinada festa era Hi-Fi,
ou seja, um som de alto nível e qualidade que tocava os estilos mais dançantes,
modernos e de sucessos das rádios.
As músicas que estavam no auge eram Rey Conif,
da Vereda Tropical, os rock’s como Beatles, Elvis, The Fevers, os Pholhas, Trio
Uiraquitã, Elizete Cardoso, Cely Campelo. As festas HiFi eram totalmente
dançantes, eram jovens, senhoras e senhores, mas para os jovens tinham as manhãs
de sol, os mingaus dançantes, a festa Moranguinho era no Ideal Clube que
começava a tarde e encerrava umas 8 horas da noite.
O evento “Studio Disco” do Studio 5 é uma forma
de você voltar aquela época, mas agora com Dj e todo aparato tecnológico
sonoro, de retornar àqueles tempos dançantes ao som de um aparelho Hi-Fi, que determinou não somente a sua alta modernidade sonora
como também tudo que era moderno se tornou Hi-Fi: discos de vinil Hi-Fi, ritmo
Hi-Fi, até mesmo a bebida virou Hi-Fi: um drink feito de vodka, refrigerante de
laranja e gelo.
Além do ritmo Hi-Fi,
existiam também as Tertúlias Dançantes que eram reuniões de amigos, familiares
e associados dos clubes para não somente dançar, mas também discutir vários
temas, não era tão contínuas quanto as festas Hi-Fi. Eram tardes dançantes nos
clubes da cidade e com os nomes específicos de "mingau dançante" nas
domingueiras vespertinas do Ideal Clube, e "papinha dançante" no
Cheik Clube.
O ritmo Hi-Fi permaneceu
até meados de 1964, quando a partir desta data, um novo formato musical começa
a emergir com a Jovem Guarda.
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