Os pioneiros
em dublagem foi um grupo de jovens da Juventude Lusitana do Luso Sporting Club.
Esse grupo começou a inventar apresentações para ter algo a fazer, foi como
surgiu a idéia de fazer dublagem dos cantores famosos.
O grupo
Juventude Lusitana se transformou no grupo Cly Baby Show. Em função disso, além das dublagens no
Luso, outros clubes passaram a fazer dublagens, tais como, o Barés Clube,
Olímpico Clube, o São Raimundo, o Sul America.
Toda essa
manifestação proporcionou um sucesso para o grupo Cly Baby Show nos clubes da
cidade. Por ser referência na dublagem em Manaus, tinham crédito nos clubes,
entravam como celebridades.
Logo,
o Joaquim Marinho, que era representante da gravadora Phillips, percebeu a
proporção dessas festas nos clubes: foi por causa da motivação de vários clubes
em fazer dublagem que virou festival.
O Festival não
envolveu somente os clubes, os artistas e as rádios, o comércio local também
foi mobilizado. A exposição dos troféus nas vitrines das Lojas, como “Milane
Magazine, Brumell Roupas, Lojas Capri, e Palácio da Moda” possibilitou não
somente a divulgação do festival que trazia a curiosidade de muitos sobre o
evento que movimentava a cidade, como também as Lojas se aproveitavam para
colocar nas vitrines seus melhores produtos.
Foram dois
Festivais de Dublagem, um em 1965 e o outro em 1966: Os Festivais de Dublagem
vieram despertar o grande público da cidade, foi uma iniciativa da gravadora
Phillips juntamente com a Rádio Baré e a Loja Novidade Discos.
Reunia os
melhores da dublagem no Amazonas, divididos em categorias, o local de sua
realização foi no Salão dos Espelhos do Atlético Rio Negro Clube, houve também
a distribuição de diversos prêmios.
O I Festival
Estadual de Dublagem foi realizado em 18 de setembro de 1965. Marcou os 25 anos
de atividades da Rádio Baré na cidade e transmitido ao vivo pela Rádio Baré,
que comemorou suas Bodas de Prata.
A comissão
julgadora foi formada por 13 pessoas: entre eles radialistas da Rádio Rio Mar,
Baré e Difusora; jornalistas do O Jornal, Jornal do Commercio e A Crítica; e
das gravadoras Chanteeler, Philips, CBS, RCA, Copacabana, e da Loja Novidades
Discos, alem do diretor do mês do ARNC (Atletico Rio Negro Clube).
Os candidatos
tinham que representar cada clube da cidade, que podia inscrever um candidato
nas categorias individual masculino, individual feminino, dupla e grupo.
Os Festivais
de Dublagem foram a diluição das reproduções do que foi escutado nas rádios e
visto nos cinemas. Logo os Festivais não surgiram por nenhuma razão, havia um
momento histórico no espaço global, nacional e regional na década de 1960.
Os clubes
foram os principais agentes dessa manifestação artística, visto que a prática
do que se ouvia na rádio e nos cinemas era feita nas dublagens, nas Manhãs de
Sol dos clubes, os quais incentivaram seus próprios sócios a levar seus
bolachões do cantor preferido, colocavam no Hi-Fi e fizeram o “teatro musicado”.
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