segunda-feira, 7 de abril de 2014

LUCINHA CABRAL: BRASILEIRA E CABOQUINHA COM MUITO ORGULHO E FARINHA!



Dona de uma personalidade sem igual, Lucinha Cabral é espontânea, divertida e muito talentosa.
ua voz é poderosa e forte, inigualável! Ouvir Lucinha Cabral é como ouvir a sonoridade dos trovões: fortes, autênticos e exatos, mas com a delicadeza e singeleza de seus traços desenhados no céu.
Lucinha Cabral canta as temáticas de suas raízes culturais, é uma característica de suas canções assim como faz parte da suas proposta de trabalho: enfatizar a cultura de sua terra que é transmitida pelas letras que sintetizam a essência amazônica, como por exemplo "Acauã" que foi a sua primeira composição, "Curupira", "Curumim" com parceria de Marinho, entre outras tantas canções com temáticas amazônicas.
Mas "Brasileira" tem um diferencial, pois canta sua própria essência como mulher amazônica, citando as maravilhas de sua terra, dos amigos, sintetiza em uma letra o espelho da vida e da cultura amazônica: da "pátria d´água" como retrata sua terra na própria canção.
Cantora, violonista e compositora, é uma das primeiras mulheres amazonense a ter a música como profissão dentro da música popular em Manaus, o que era muito difícil e preconceituoso em tempos atrás.
Lucinha Cabral teve influências musicais como Rita Lee que é irreverente, Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil, grandes nomes da música popular brasileira.
Hoje Lucinha Cabral é referência pelo seu trabalho composicional diferenciado, pela fortaleza de sua personalidade e pela qualidade sonora vocal que expõe suas emoções e seus pensamentos.
Comemorando 30 anos de carreira musical, não é pra qualquer um neste cenário musical em Manaus, para ser profissional tem que ter muito pé no chão e focar no trabalho musical que requer disciplina, comprometimento com o público e profissionalismo, e, principalmente muito amor pelo o que faz, como diz Adelson Santos: “música é uma profissão de risco”

TORRINHO, HOJE O NOSSO ZECA TORRES, O ZECA DO PORTO DE LENHA

Vamos cantar juntos?!!!
Porto de Lenha tu nuca serás Liverpool, com uma cara sardenta e olhos azuis...
Música que virou canção-hino da cidade de Manaus, representa uma parte da nossa história sociocultural, tempos passados, mas que continuam presentes no cotidiano do manauara, na nossa memória coletiva, por isso que esta canção permanece no cenário musical, no repertório dos artistas e dos estudantes de música, tocada em diversos tipos de eventos e públicos.
Esta canção é um grande legado musical que José Evangelista Torres Filho deixa para nossa terra, para nossa história musical e sociocultural, traduzindo em poesia e música os momentos que marcaram a política, a economia e a cultura de Manaus na década 70.
Conhecido como Torrinho ou Zeca Torres, nascido em Belo Horizonte, veio para Manaus em fins da década de 1960, trazendo uma bagagem musical e cultural do Rio de Janeiro onde passou sua infância, vivenciando os movimentos musicais e os festivais de música. A canção Porto de Lenha composta em 1975, junto com Aldísio Filgueiras, deu nome ao primeiro disco que foi gravado somente no ano de 1990.
É claro que seu repertório não se restringe a Porto de Lenha, compositor de várias canções entre as mais famosas estão Dia de Festa (Borimbora), Porto de Lenha, Ecológica Nº1, papagaio de Famão, casa 26, Como tivesse sua idade, Companheira, Companheiro das Estrelas, Cunhantã, Das águas e da mata, Perdi meu começo velho, Rodopio. 
A canção 26 foi uma homanagem a sua eterna mãe Dona Candinha, onde retrata o ambiente de sua cas, os momentos da infância no Rio de Janeiro, mas apesar de todas as situações, tristezas e alegrias vividos na casa 26, " colocava sobre  a mesa o meu coração", canta Torrinho.
Zeca Torres é músico e compositor de grande valor no cenário musical amazônico, de uma estética musical singular, de uma voz singular: quando canta nos remete aos nossos mais singelos sentimentos que nos passa com sua poética musical através de sua voz. E é isso que diferencia os mais notáveis músicos: sua voz e sua estética musical.