A Coluna
Maraka inicia o ano de 2013 com grande
satisfação e alegria em poder compartilhar dos estudos feitos sobre a nossa
música amazonense. Vamos discutir sobre a história da música no Amazonas na década
de 1960 e pontuar os principais espaços musicais.
Hoje apresento
os espaços culturais e musicais onde a música circulava e era apreciada pela
população a partir dos gostos musicais formados.
Em Manaus a
vida musical na década de 1960 ocorria nos balneários, nas programações
artísticas no Teatro Amazonas, nos clubes, nos cinemas da cidade e nas
principais Rádios como a Baré, Difusora e Tropical.
Para
entendermos um pouco sobre a música na década de 60, é necessário conhecer como
era o divertimento da década de 50. Desde a década de 50 o cenário cultural era
marcado pelas programações realizadas nos balneários: o domingo era esperado
com muita ansiedade para festejar o final de semana. As festas referiam-se aos
encontros nos balneários próximos da cidade. Eram nos igarapés que os encontros
e as festas aconteciam, lugares requisitados pela família manauara.
A década de 1950 havia uma forma de divertimento que era
o desfrutar dos balneários ao longo do Rio Negro, as praias que surgiam durante
a seca; o mês de junho com o Festival Folclórico onde competiam quadrilhas e
bumbás que mobilizavam a população para prestigiar o grande evento e, também,
as festas religiosas.
Entretanto, esta forma de divertimento se perdurou até
meados da década de 60, assim Manaus continuou sendo uma “cidade balneária”,
termo dado por Alvadir Assunção no livro Manaus
de 1920 -1967: a cidade doce e dura em excesso, autoria de José Aldemir
Oliveira, 2003.
Assim a vida
musical em Manaus na década de 60 vai sendo construída nos diversos espaços
musicais que foram surgindo na década de 50. Cada espaço apresentou uma
história musical da cidade de Manaus. Por exemplo, as casas de cinemas como
Cine Ypiranga, Cine Odeon e Guarany se tornaram uma grande novidade e ponto de
encontro entre os jovens para festas ou grandes feriados. Nesta época, havia
sessões de cinema ao ar livre em comemoração as datas de aniversário dos
cinemas.
As formas de
se divertir e as programações culturais eram os passeios pelos parques, as idas
aos balneários, a ida aos cinemas para assistir a filmes musicais, as dublagens
que eram feitas nos clubes com muito glamour as quais eram aprendidas a partir do
que aprendiam nas telas do cinema e nas ondas do rádio, os grandes solistas e
instrumentistas que se apresentavam no Teatro Amazonas e as festas das Rádios
com seus castings de artistas.
Apesar de cada um ter uma função cultural
específica eram esses locais que promoviam e desenvolviam o circuito cultural e
musical em Manaus na década de 60. Apresento no decorrer das colunas deste ano
cada cenário musical, seus artistas e atividades musicais que a música em
Manaus se desenvolveu e podermos montar um mosaico sonoro para compreendermos o
que produzimos de música hoje.
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