domingo, 30 de junho de 2013

O TEATRO AMAZONAS NA DÉCADA DE 60



O imponente Teatro Amazonas recebia celebridades internacionais, eram artistas de grande potencial artístico, reconhecidos mundialmente, realizavam recitais no Teatro Amazonas e retornavam anualmente para Manaus, como Sarita Montiel, Blanca Bouças,  Tenor Pepes Del Palucci, o Conjunto Câmara Orpheus e o pianista Frederic Egeer e o piniats amazonense Arnaldo Rebello
 O tenor italiano Pepes Del Palucci que, frequentemente, realizava concertos líricos no Teatro Amazonas.(O Jornal, 28 out.1965). Blanca Bouças além das apresentações na cidade, num gesto nobre promoveu um festival no Teatro Amazonas em benefício as entidades assistenciais, se tornando uma das promotoras e representantes da Casa do Amazonas na Feira da Divina Providência no Rio (Jornal do Commercio, 21 de julho de 1965);
O pianista amazonense Arnaldo Rebello de grande prestígio nacional e internacional, iniciou seus estudos no piano muito cedo, transferiu-se para o Rio de Janeiro no curso Superior de Piano do Instituto Nacional de Música, estudou em Paris. Em 1953 tornou-se Docente Livre e, em 1958, Professor Catedrático da Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil. Durante suas vindas a Manaus na década de 1960 sempre recebeu homenagens e apresentava-se no Teatro Amazonas. Em suas vindas a cidade de Manaus sempre tocava ou era homenageado no Teatro Amazonas.
Além das programações internacionais, o Teatro Amazonas também apresentava programações de artistas locais como o Coral João Gomes Junior sob a direção do Maestro Nivaldo Santiago.
Uma característica interessante a salientar é que além das programações artísticas organizadas pelo Teatro Amazonas, era possível também, sediar eventos promovidos pelos políticos, militares e pelas rádios locais.
Esses eventos contavam com a presença de artistas amazonenses, como o pianista Arnaldo Rebello. Era frequente ter homenagens ao governador e personalidades políticas, como por exemplo, na promoção das Rádios Baré, Rio Mar e Difusora promovendo a festa no Teatro Amazonas em homenagem a data de aniversário da cidade e dedicada ao governador no primeiro ano de seu mandato no Amazonas, conforme a notícia no Jornal do Commercio, 22 de novembro de 1964: O Teatro Amazonas viverá uma noite de gala para homenagear o governador Arthur Reis, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ruy Araújo, e a senhora Maria da Lourdes Freitas Archer Pinto, diretora do O Jornal e Diário da Tarde. [...] A referida festa artística será um presente dos cantores amazonenses para as personalidades citadas e terá o alto patrocínio do comercio local.
O Teatro Amazonas apresentava uma programação diversificada tanto da música clássica com cantores líricos, grandes pianistas internacionais e nacionais, quanto as programações mais populares e homenagens realizadas pelas emissoras.
O cotidiano da vida musical em Manaus, nesse período, não se restringiu somente às programações no Teatro Amazonas. Os clubes recreativos da sociedade manauara contribuíram fortemente para o desenvolvimento da cultura musical.
Eram nos clubes que aconteciam as festas e os bailes populares para a grande massa da população e onde as pessoas ouviam e se divertiam ao som dos grandes sucessos nacionais.

A próxima Maraka mostrará esta atividade musical que eram feitas  nos clubes da cidade, onde fervilhava as músicas de sucesso ao som da eletrola, das dublagens ou das bandas que estavam surgindo ao som da Jovem Guarda, dos Beatles e de Elvis Presley.
Tenor pepes del Pallucci em apresentação no Teatro Amazonas, Jornal do Commercio 28.10.1965

Pianista amazonense Arnaldo Rebello 

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