O imponente
Teatro Amazonas recebia celebridades internacionais, eram artistas de grande potencial artístico,
reconhecidos mundialmente, realizavam recitais no Teatro Amazonas e retornavam
anualmente para Manaus, como Sarita
Montiel, Blanca Bouças, Tenor Pepes Del Palucci, o Conjunto Câmara
Orpheus e o pianista Frederic Egeer e o piniats amazonense Arnaldo Rebello
O tenor italiano Pepes Del Palucci que,
frequentemente, realizava concertos líricos no Teatro Amazonas.(O Jornal, 28
out.1965). Blanca Bouças além das apresentações na cidade, num gesto nobre
promoveu um festival no Teatro Amazonas em benefício as entidades
assistenciais, se tornando uma das promotoras e representantes da Casa do
Amazonas na Feira da Divina Providência no Rio (Jornal do Commercio, 21 de
julho de 1965);
O
pianista amazonense Arnaldo Rebello de grande prestígio nacional e
internacional, iniciou seus estudos no piano muito cedo, transferiu-se para o
Rio de Janeiro no curso Superior de Piano do Instituto Nacional de Música,
estudou em Paris. Em 1953 tornou-se Docente Livre e, em 1958, Professor
Catedrático da Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil. Durante
suas vindas a Manaus na década de 1960 sempre recebeu homenagens e apresentava-se
no Teatro Amazonas. Em suas vindas a cidade de Manaus sempre tocava ou era
homenageado no Teatro Amazonas.
Além das programações internacionais, o Teatro
Amazonas também apresentava programações de artistas locais como o Coral João
Gomes Junior sob a direção do Maestro Nivaldo Santiago.
Uma característica interessante a salientar é que
além das programações artísticas organizadas pelo Teatro Amazonas, era possível
também, sediar eventos promovidos pelos políticos, militares e pelas rádios
locais.
Esses eventos contavam com a presença de artistas
amazonenses, como o pianista Arnaldo Rebello. Era frequente ter homenagens ao
governador e personalidades políticas, como por exemplo, na promoção das Rádios
Baré, Rio Mar e Difusora promovendo a festa no Teatro Amazonas em homenagem a
data de aniversário da cidade e dedicada ao governador no primeiro ano de seu
mandato no Amazonas, conforme a notícia no Jornal do Commercio, 22 de novembro
de 1964: O Teatro Amazonas viverá uma
noite de gala para homenagear o governador Arthur Reis, o presidente da
Assembléia Legislativa, deputado Ruy Araújo, e a senhora Maria da Lourdes
Freitas Archer Pinto, diretora do O Jornal e Diário da Tarde. [...] A referida
festa artística será um presente dos cantores amazonenses para as personalidades
citadas e terá o alto patrocínio do comercio local.
O Teatro Amazonas apresentava uma programação
diversificada tanto da música clássica com cantores líricos, grandes pianistas
internacionais e nacionais, quanto as programações mais populares e homenagens
realizadas pelas emissoras.
O cotidiano da vida musical em Manaus, nesse
período, não se restringiu somente às programações no Teatro Amazonas. Os
clubes recreativos da sociedade manauara contribuíram fortemente para o
desenvolvimento da cultura musical.
Eram nos clubes que aconteciam as festas e os
bailes populares para a grande massa da população e onde as pessoas ouviam e se
divertiam ao som dos grandes sucessos nacionais.
A próxima Maraka mostrará esta atividade
musical que eram feitas nos clubes da
cidade, onde fervilhava as músicas de sucesso ao som da eletrola, das dublagens
ou das bandas que estavam surgindo ao som da Jovem Guarda, dos Beatles e de
Elvis Presley.
Tenor pepes del Pallucci em apresentação no Teatro Amazonas, Jornal do Commercio 28.10.1965 |
Pianista amazonense Arnaldo Rebello |
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